quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Fazendo trapilhos de camiseta

Estou fazendo uma sacolinha de trapilho, continuando uma já iniciada no ano passado (que estava parada porque me dava muita dor na mão que segura a agulha) mas como preciso cortar mais camisetas, é uma boa hora para relemrar como se faz o corte para obter um fio contínuo, sem emendas.

Segue um link das geniais meninas do Zuperziper:

http://www.superziper.com/2013/03/croche-com-camisetas-velhas.html

domingo, 4 de outubro de 2015

Um toque de orquídea no crochet - Marildinha


O quintal me proporciona momentos delicados e imprevisíveis.

Uma tarde morna, até abafada, céu nublado e uma sequência grande de dias sem chuva.
Eu lia Para sempre Alice e crochetava com um fio mesclado em tons de preto, cinza e branco que me lembrava os chuviscos da tevê ligada e mal sintonizada. Era assim também que eu sentia o que Alice experimentava com o Alzheimer.

A leitura me fazia pensar e eu pensava olhando para as plantas do quintal, em seus vasos sobre o cimentado. Tão abafado, tão pouca chuva... Alzheimer não tem remédio mas este tempo seco tem, pelo menos para minhas meninas e fui regar as orquídeas.

 Costumo falar com meus companheiros, os gatos, as plantas, os pássaros... é um bom papo! Nessa tarde, aguando a maridinha, que se prende ao tronco da pitangueira e nela se expande em vários ramos floridos, (essa florzinha da foto é um buquezinho dela), algo se agarrou à manga da minha blusa. Era uma muda da marildinha, um segmento florido e cheio de raizes.

Então prendi a mudinha num tronco próximo a outra pitangueira, mais nova.

Amarrei bem com um fio de lã vermelha e a deixei protegida pela folhagem para que se adapte mais facilmente ao novo tronco.


Quando voltei ao crochet, entremeei ao fio mesclado do Alzheimer, as cores da delicada orquídea a quem chamo de Marildinha.