quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Uma echarpe quentinha pensando na Ci


Pode ser assim, Summer com fundo Bora Bora ou assim,


Bora Bora com fundo Summer. Lindo, né?

Ci me deu as duas cores de Sedificada Pingouim de presente. Chegaram de surpresa, pelo Correio.
 

Eu queria fazer algo me me fizesse pensar nela só de bater o olho e então lembrei das agulhas de duas pontas que faz esse ponto lindo no tunisiano, agulhas que ela mesma trouxe para mim quando veio dos EUA.

A escolha estava feita então teci uma echarpe curta, bem quente, para usar com pulovers com decote V.


Ficou muito legal e agora estou esperando o próximo frio para poder usá-la. 

E tenho certeza de que pensarei na Ci toda vez que a usar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Fazendo trapilhos de camiseta

Estou fazendo uma sacolinha de trapilho, continuando uma já iniciada no ano passado (que estava parada porque me dava muita dor na mão que segura a agulha) mas como preciso cortar mais camisetas, é uma boa hora para relemrar como se faz o corte para obter um fio contínuo, sem emendas.

Segue um link das geniais meninas do Zuperziper:

http://www.superziper.com/2013/03/croche-com-camisetas-velhas.html

domingo, 4 de outubro de 2015

Um toque de orquídea no crochet - Marildinha


O quintal me proporciona momentos delicados e imprevisíveis.

Uma tarde morna, até abafada, céu nublado e uma sequência grande de dias sem chuva.
Eu lia Para sempre Alice e crochetava com um fio mesclado em tons de preto, cinza e branco que me lembrava os chuviscos da tevê ligada e mal sintonizada. Era assim também que eu sentia o que Alice experimentava com o Alzheimer.

A leitura me fazia pensar e eu pensava olhando para as plantas do quintal, em seus vasos sobre o cimentado. Tão abafado, tão pouca chuva... Alzheimer não tem remédio mas este tempo seco tem, pelo menos para minhas meninas e fui regar as orquídeas.

 Costumo falar com meus companheiros, os gatos, as plantas, os pássaros... é um bom papo! Nessa tarde, aguando a maridinha, que se prende ao tronco da pitangueira e nela se expande em vários ramos floridos, (essa florzinha da foto é um buquezinho dela), algo se agarrou à manga da minha blusa. Era uma muda da marildinha, um segmento florido e cheio de raizes.

Então prendi a mudinha num tronco próximo a outra pitangueira, mais nova.

Amarrei bem com um fio de lã vermelha e a deixei protegida pela folhagem para que se adapte mais facilmente ao novo tronco.


Quando voltei ao crochet, entremeei ao fio mesclado do Alzheimer, as cores da delicada orquídea a quem chamo de Marildinha.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Para sempre Alice - Lisa Genova

 Estou lendo este livro e me emocionando muito com ele.

Sinto pena dela em muitos momentos mas então me lembro de que pena é o que de pior se pode sentir por alguém... eu mesma detestaria se percebesse alguém com pena de mim...

Mas que dureza para Alice vivenciar o Mal de Alzheimer de maneira precoce, no auge de sua carreira... descobrir que é um componente genético, hereditário e que uma de suas filhas também o tem... que difícil se reentender, se conhecer novamente e perceber que está se perdendo de si mesma a cada dia um pouco mais...


O quadrado de crochet que venho tecendo este dias utiliza um fio escolhido para representar o que sinto ao acompanhar a infelicidade de Alice.

Na leitura de hoje ela parece ter encontrado algo muito bom: criou um grupo de encontro para pessoas que, como ela, tem o mal de Alzheimer de Instalação Precoce; com a ajuda de uma assistente social encontrou mais 4 pessoas que também se sentiram felizes por ter iguais com quem conversar, se apoiar, se ajudar...

Vou usar o avesso do ponto tunisiano neste quadrado para Alice, porque muitas vezes é o avesso da realidade que faz mais sentido na vida e a torna melhor para ser vivida.
É a foto logo abaixo, o avesso do tunisiano. O fio é o Cisne Provence e a agulha de crochet tunisiano 5,5mm



sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Brienne de Tarth


Brienne de Tarth é minha personagem favorita em Game of Thrones. Claro que gosto do Tyrion... quem não gosta dele?... claro que gosto dos dragões da  Daenerys e dela também, claro que gosto do John Snow... morreu? mas acima de todos gosto da Brienne.

Brienne não é importante, ninguém sentirá falta dela se ela morrer, não tem nenhum animal leal que a acompanhe e proteja... está longe de casa, sozinha e o que mais deseja neste mundo é ter alguém a quem dar sua lealdade, coragem e perseverança.

Brienne não é bonita fisicamente mas é linda na alma. Uma mulher incrível, forte e doce, solitária e amigável, leal acima de tudo e fiel a quem se dedica.

Brienne vem da ilha de Tarth, uma ilha cercada por um oceano cor de safira. É uma mulher muito alta e forte, maior que a maioria dos homens e seus olhos tem a cor do oceano que banha Tarth.

Fiz esta manta dedicada a ela, uma manta nas cores das águas que cercam Tarth.



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Poncho em crochet tunisiano


Um novo poncho. Bem quente e com corte tradicional, ou seja, dois retângulos unidos nos ombros e só.

Ele tem detalhes especiais: é feito em tunisiano com agulha de duas pontas e dois novelos de fios com cores contrastantes, o que o deixa com dupla face. Fica encorpado, mais pesado e mais quente.
O fio usado foi o Cisne Rendidora Multicolor, um novelo mesclado em tons chocolate e o outro em tons de creme, o que tornou o tecido predominantemente claro de um lado e escuro do outro. Escolhi o lado claro como direito do trabalho.


O poncho foi construido em tiras de tunisiano; quatro tiras para a frente e quatro para as costas. Numa delas, fiz um aplique de motivos em crochet, construindo um pequeno casario.


Para finalizar, teci uma barrinha simples com picôs e acrescentei um bolso pequeno sextavado.

Finalizado, o dobrei, deixei sobre a cama, sai um minuto e quando voltei...





quarta-feira, 15 de julho de 2015

Pelerine recosturada

É isso... não aguentei a montagem anterior da pelerine, que a deixava com uma enorme sobra no decote.

Então, com muito cuidado, desfiz a costura e remontei a pelerine no sistema tradicional que utilizo para meus ponchos, ou seja, fazer um retângulo de cerca de 1,50m de comprimento por 50cm de largura, dobrá-lo ao meio e costurar da barra até faltar cerca de 25cm, deixando uma abertura que servirá como decote.

Aí ficou muito bom no caimento mas as faixas coloridas ficaram desencontradas. Mas é melhor assim... quando um tecido é pensado para uma determinada montagem e acaba sendo utilizada uma outra, dá nisso, desencontro das cores. Tudo bem, ficou melhor agora.

Esse ponto bonito é o ponto semente.

sábado, 4 de julho de 2015

Pelerine


Uma pelerine que só deu mais ou menos certo. O decote ficou grande demais e mesmo virando uma golinha ainda sobra tecido. É desconjuntada mas gostosa de usar e tenho ficado com ela o tempo todo nestes dias frios e úmidos. 

É macia e leve e o esquema de montagem muito simples e prático: é tecido um retângulo de 1,50m de comprimento por 50cm de largura; depois se  costura o final do retângulo na lateral oposta. E foi aqui que eu errei nas dimensões. Ficou grande demais para mim: se ajeito a frente, o decote atrás para no meio das minhas costas e quando ajeito atrás, sobra a ponto de virar uma golinha e ainda formar uma prega se eu quiser deixá-lo mais fechadinho. Difícil de explicar mas o fato é que errei nas medidas.

 


sexta-feira, 29 de maio de 2015

Baktu

Baktus são pequenas peças triangulares, com duas pontas compridas à guisa de cachecol e uma terceira, menor e mais larga que cai sobre as costas como um pequeno chale.


É uma peça que muito me agrada: prática, aquece as costas e o peito em dias não muito frios e não dá a sensação de se estar cheio de casacos. Costumo prender as duas pontas com pequenas piranhas, para evitar que fiquem se pendurando quando tenho que me inclinar para fazer alguma coisa.


A primeira que eu fiz foi no tricot. Acho que em geral elas são tricotadas mesmo. A receita instrue a que se comece numa ponta, segue-se em frente aumentando apenas de um dos lados e quando se chega na metade do novelo passa-se a fazer as diminuições até retornar à outra ponta. Muito fácil e simples. Barato e gostoso de usar. Vale a pena e é rápido.

Fiz meu segundo baktu em crochet. Com fio grosso, ele ficou mais encorpado e com menos molejo mas ficou bom. O próximo farei em crochet também mas com fio mais fino para deixá-lo molinho.



domingo, 10 de maio de 2015

Crochet rendado

É uma delícia fazer rendas. As minhas são simples, nada muito trabalhado como no crochet irlandês, que são belíssimos mas, mesmo assim, são deliciosas de fazer e se transformam em tecidos muito leves e trabalhados que podem se tornar jalecos para jogar por cima de camisetas ou blusas de lã, só para dar um charme.


Feitas com fios mais finos e por serem padrões bem abertos, o arremate tem que ser feito com agulha, caseando a ponta do fio por uma boa distância para que se funda ao tecido e não fiquem pontinhas chatas aparecendo.
  
E também são macios para se esconder embaixo e usar como coberta, não acha Iza?

terça-feira, 28 de abril de 2015

Ponto V: "Winter is coming"

É um belo ponto o V.

Fácil de fazer, flui com rapidez e não ocasiona erros de contagem a não ser que se percam as contas nos inícios e finais de carreira, coisa facilmente remediável usando marcadores de pontos em cada extremidade.

Marcadores de pontos é algo de que não posso prescindir já que sou mestre em perder a noção da contagem. Minha mente viaja demais, não ao léu sem saber para onde vai ou de onde vem mas de maneira organizada, sigo em frente nas idéias, uma coisa puxa a outra e quando dou pela coisa teci no automático boa parte da carreira e já não sei mais onde estou na contagem. Assim, os marcadores tornam-se auxiliares poderosos e já me salvaram de cometer muitos e seguidos erros.

Este tecido em ponto V foi iniciado em novembro de 2014 e foi um trabalho tecido sem pressa, feito ao sabor da vontade e da conveniência. Em muitos momentos deu lugar a outros projetos mais importantes ou em vias de serem terminados.

Mas agora chegou a vez dele encontrar seu arremate.Um novo colete espera o frio. "Winter is coming"!

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Cal 2015 está pronto

... e ficou lindão!


  
Bem grande, logo atraiu a atenção do Paulo, que gosta de mantas compridas e mais fechadas. Então a ofereci para ele.

Este trabalho começou no dia 1º de janeiro e terminou hoje, 13 de abril, quando fiz o último ponto caranguejo do barrado.
O barrado foi o mais demorado para tecer; levei umas duas semanas nele, tecendo apenas nos finais de tarde. Consequência de tecer uma manta grande, barrados levam mais tempo para serem tecidos à toda volta e eu não queria que ficasse estreito. Optei por fazê-lo todo em castor para não ter que encarar muitas emendas de fio e por ser o castor a cor mais dominante na trama toda.

 
Foi um bom trabalho. Agora vou me dedicar a coisas menores, como uns coletes e ponchos, já me preparando para as agruras do frio que virá.

terça-feira, 31 de março de 2015

Crochezinho vapt-vupt


Fiz uma capinha vapt-vupt para meu Kobo. Ando para cá e para lá com ele e achei que precisava de uma proteção para não ficar muito sujo ou com riscos na tela.

Combina muito bem com a leitura, intercalá-la com momentos de tecer. Pequenos trabalhos são muito relaxantes tendo como acréscimo o benefício de poderem ser levados para o quintal por serem pequenos.

 Examinei os quadrados prontos guardados mas nenhum tinha o tamanho certo, então peguei um novelo de Tonalitá, que é fio grosso, uma agulha 5,5mm para deixar o ponto mais consistente e teci um retângulo que envolvesse o Kobo direitinho. Era um restinho de novelo mas deu em cima e ainda consegui tecer umas correntinhas com o final do fio, a guisa de alça para facilitar o transporte.


Uma beleza! Rápido e prático, além de agradável, claro...


quinta-feira, 12 de março de 2015

Crochets renovando a sala



Quando um trabalho fica pronto, a casa inteira muda! 


O sofá


















os puffs


a poltrona

















Tudo se renova!

quarta-feira, 11 de março de 2015

Final de tarde, arremate final

Na foto, o lance final da agulha arrematando a borda da manta de quadradinhos.

Um ano fazendo, de janeiro 01 a dezembro 31 de 2014, um quadradinho por dia. Hoje, terminei o barrado à toda volta.

Final de tarde, chuva mansa lá fora, um Murakami na mão para ler trechinhos e a companhia de Nina e Kimi. Foi mesclando esses ingredientes que completei o longo barrado.

 Pretendia terminar e esticar a manta na cama para fotografar mas foi impossível.

Meus ajudantes estavam animados,

me distraí na leitura e, ao retornar,
a manta já estava em uso.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Crochet e Murakami


Voltei a ler meus e-books: 1Q84 de Haruki Murakami. Ler é algo fascinante para mim, me carrega para longe desta vida, me abre vivências apaixonantes. Eu amo ler.
Li muito, a vida toda. Atualmente, minha leitura depende de um e-reader para ser fluente e envolvente e é exatamente o que obtive comprando um e-reader da Kobo e o terceiro volume da trilogia 1Q84 de Haruki Murakami.

Ler me leva para outro mundo, para vivências que de outra forma eu não teria; fazer crochet me faz focar neste aqui, valorizando o silêncio, a solidão, a paz de espírito.
Tenho as duas experiências agora, bem ao alcance da mão e tenho tempo para as duas. Eu diria que este é meu jeito feliz de envelhecer...