sábado, 31 de maio de 2014

Novos quadradinhos cantam o sol!

O sol voltou a brilhar, quentinho, tão bom, no meu quintal. Adoro me sentar ao sol em dias frios e fazer crochet. Dureza é sair dali depois e entrar no apartamento gelado.

Desta vez foi Nina quem me acompanhou.
Comecei uma nova sequência de quadradinhos usando novelos solitários de fio médio, remanescentes de trabalhos anteriores. Estou usando agulha 5mm e já emendando com o próprio crochet conforme vou tecendo. Faço um, escolho a cor do próximo e sigo em frente. Muito prático e eficiente.
Estou num momento de terminar trabalhos e este início de montagem aleatória de quadradinhos tem mais o sabor de terminar um estoque do que de fato iniciar algo novo. É um término muito mais que um início.

A agulha que se vê na foto acima é muito interessante porque tem duas pontas, cada lado num valor de bitola diferente. Estou usando o 5mm e o outro lado é 3,5mm. Comprei estas agulhas para conhecer mas eu queria mesmo era a de duas pontas de mesmo valor de bitola. Vejo muitos trabalhos feitos com elas e gostaria de experimentar mas não existem para vender no Brasil.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Outra meada vira bola

Nina adorou a atividade. Ver o fio balançando no ar a cada vez que eu puxava um deles da meada deixou Nina fascinada. Primeiro ficou sob a cadeira, mordendo a ponta final que estava pendurada; depois, subiu na cadeira para acompanhar o desenrolar do fio.
Acabou que Nina tornou bem mais divertida a minha transformação de meada de fio de lã em bola.

Esta é a etapa final da manta de casamento para Dri. Preciso tomar o maior cuidado ao tecer as bordas para que não fiquem embabadadas - detesto bordas embabadadas e para isto, a primeira providência foi diminuir o nº da agulha: estava usando 6mm e agora fui para 5mm. Eu queria a 5,5mm mas não fui capaz de encontrá-la... deve estar enfiada em algum outro trabalho em andamento.

Nunca tiro as agulhas dos trabalhos enquanto os estou tecendo para não me esquecer qual agulha estava usando. Os trabalhos mudam muito conforme a bitola da agulha, mesmo mantendo o fio e o ponto.
Já aprendi que bordas ficam melhores quando tecidas com agulha um pouco mais fina que a usada no corpo do trabalho. Eu tenho a tendência a deixar de lado meus conhecimentos acumulados com a prática e fazer novas tentativas mas quando o trabalho é mais sério, importante, como é esta manta de presente para Dri, tomo todas as cautelas e uso tudo que eu sei. Afinal, quero que dê certo, né? Quero MUITO que dê certo.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

O frio chegou: um novo cachecol

Está fazendo muito frio estes dias e eu não gosto disso. Não sou a mesma no frio, fico encolhida até na alma, não vejo graça nas coisas, fico mais triste ... é difícil viver no frio para mim.
Além do frio, garoava e só hoje abriu uma nesga de sol no quintal, um sol gelado... mais luz que calor mas me animou um pouco vê-lo e acho que o tempo vai abrir de hoje em diante.

Fiquei mais animada mesmo trabalhando dentro do quarto, eu via o dia mais claro no quintal e isso já me tornou mais alegre e foi alegremente que comecei as bordas do meu cachecol montado pelos quadradinhos que andei tecendo. Ficou muito legal!


Eu não sabia como ia aproveitar os quadradinhos mas o frio decidiu por mim: um cachecol, já!

Usei os restinhos dos fios azul e vinho, ambos praticamente acabados e deixei as duas voltas finais para tecer com o cenoura, que deste tenho nastante fio. Nasceu um cachecol muito colorido e alegre, como eu não tinha há muito tempo!

Vou iniciar um novo trabalho com quadradinhos em seguida. Já estou botando as idéias para germinar... não é, Iza, vamos tecer montes mais de quadradinhos coloridos, gatinha?


segunda-feira, 26 de maio de 2014

BigAlice ainda em andamento

No início do ano me envolvi em vários projetos anuais: o céu de cada dia, um quadradinho em tunisiano por dia compondo os meses e a BigAlice em corner to corner, trocando a cor a cada mês.
Todos os meses eu fotografo esses trabalhos para ter um registro de seu andamento.

Desta vez, fotografei a BigAlice. Ela está um pouco atrasada, porque demorei para comprar o novelo do fio Circulo Alice relativo a maio. Por enquanto ela tem 4 faixas, de janeiro a abril e agora vou incorporar nela a faixa relativa a maio, assim que o novelo chegar.

Tecer trabalhos contínuos, em fios mais grossos, é um bom contrapeso aos quadradinhos. O trabalho é totalmente diferente, praticamente sem interruções e esse tecer contínuo descansa a mente, principalmente se o ponto não exige contagens mais elaboradas ou troca de pontos. Aí junta a chuvinha mansa, o frio, a umidade no ar e um domingo cheio de esportes na tv e tem-se um perfeito e relaxante dia...


sexta-feira, 23 de maio de 2014

A conversa dos quadradinhos


Hoje está chovendo; choveu praticamente o dia todo, uma chuvinha persistente que muito está me agradando já que a seca anda brava por aqui. Não me parece ser chuva que encha a represa mas as plantas estão se beneficiando e muito com ela.

Muda o tempo e também muda minha rotina de tecelã. O atelier se muda para cima da minha cama, com tudo que compõem meu trabalho, fios, agulhas, tesoura e gatos.

Os quadradinhos continuam sendo tecidos e agora mais um dos restos de novelo está avisando que vai acabar: o azul. É um lindo tom de azul e fiquei feliz quando encontrei um rótulo com um pedaço deste fio azul amarrado nele. Nenhum destes restos de novelos costumam ter seus rótulos, são muito antigos e encontrar um deles, justamente o que eu estou usando e gostando, me pareceu uma grande sorte. Ele se chama Nube Suavecryl 2/7 e é da Paramount Lansul, 100% acrílico em novelos de 100grs; não trás a metragem. Vim correndo procurá-lo na net mas ele não existe mais. Não me admirei, afinal, eu sei que os restos de novelos do fundão do meu estoque são muito, muito antigos.

O fato do fio azul estar terminando abriu campo para outra conversinha com os quadradinhos. Logo vi que não terei destes quadradinhos em quantidade suficiente para montar nada muito grande e nem pequeno, na verdade; então, passei a emendá-los com o fio azul usando o método do crochet para ver se consigo uma echarpe ou cachecol mais largo, que é o que se vê na foto:

Mas a conversinha dos quadradinhos não parou por aí porque me acenaram com a possibilidade de que o fio azul não seja suficiente nem para uma echarpezinha... então, me veio a idéia de montar quadrados maiores com  6 destes quadrados só que fazendo seus contornos e emendas em outra cor... uma idéia que está em germinação na minha mente.
Este é o momento que eu mais curto no tecer: quando as idéias germinam...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Prá variar: Malévola

Todas as manhãs eu tricoto meus grannies e hoje não foi diferente: sol, cadeira, fios, agulha, gatos e quadradinhos e mais quadradinhos, hoje na cor cenoura. Eles estão bonitos, macios mas não fotografei a produção de hoje porque é repetitivo demais... é muito mais do mesmo para o meu gosto, mesmo que eu esteja querendo fazê-los e gostando deles. Mas na hora de fotografar... de novo?... os feitos hoje são exatamente iguais aos de ontem e de anteontem e de.... ah, não... não dá...

Tenho tecido Malévola à noite, enquanto acompanho o futebol ou algum seriado na tv. Acontece que resolvi assistir The Walking Dead e Malévola ficou esquecida em seu cestinho porque é absolutamente impossível desgrudar os olhos da tela quando se assiste The Walking Dead. E nem tenho os intervalos para tecer já que estou assistindo no Now e lá não tem intervalos.

Mas no futebol consigo tecer, sempre que a bola sai ou alguém sofre uma falta e o jogo para e, assim, Malévola vem crescendo ... assustadoramente. Ela está ficando muito maior do que jamais previ. É comprida, a danada! Então resolvi estendê-la sobre a minha cama para ter uma idéia melhor de como ela está e a fotografei para ilustrar meu trabalho de hoje.

Ela chegou na metade. Quando pronta vai cobrir a cama toda...

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

O trabalho fala por si


É! Decididamente os trabalhos falam por si. Não é preciso que eu fale por eles porque se deixá-los mais livres de regras e tens-quê muitas coisas diferentes vão acontecendo, coisas inesperadas e interessantes. O que quebra a monotonia do sentar e tecer por horas, é essa "conversinha" dos trabalhos.


O fio amarelo acabou quando eu tecia a 6ª carreira do 6º quadrado. Eu o terminei em azul porque quando costurá-los juntos poderão se confundir sem prejudicar o visual geral. Ele está na primeira fileira, segundo quadrado e se camufla perfeitamente se ficar ao lado de um quadrado azul.


Mas a novidade de hoje ficou mesmo por conta da introdução do fio cenoura. Quando alternei os quadrados prontos azuis e amarelos, senti que o conjunto ficou um tanto carrancudo e achei por bem alegrá-lo com o cenoura. 
Foi uma ótima opção, ele é muito interessante: quando tecido próximo ao vinho ganha uma tonalidade rosada, um cenoura rosado muito lindo mas que perde intensidade e se amarela um pouco assim que o areia é introduzido.
A foto acima mostra o cenoura e o efeito nele da proximidade do vinho e do areia mas ao sol e com a minha sombra sobre ele dificulta um pouco esta percepção. Achei muito interessante e vou ver como aproveitar melhor essas nuances do cenoura no trabalho.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Linha de produção que tende ao infinito

Ontem choveu no final da tarde, uma bela chuva como não se via há tempos.

Já pela manhã, no meu horário costumeiro de tecer ao sol, garoou estranhamente por duas vezes. Na primeira catei tudo rapidinho e entrei por 5 minutos, o suficiente para abrir sol novamente e deixar o chão e a mesinha molhados. Precisei cobri-la com uma toalha para poder colocar meus quadradinhos sobre ela.
Na segunda, ignorei a garoa e fiquei por lá mesmo, até porque o sol competia com ela e ganhava.

Tenho uma linha de produção, uma sequência que vai crescendo do centro até a sexta carreira. No momento existem representantes de todas as fases. A sequência varia apenas na cor da 3ª carreira, que pode ser azul ou amarela e na 6ª, que repete a terceira. No mais todos os quadrados são iguais, em areia e vinho. 



Quadradinhos da vovó, granny squares, um dos trabalhos mais bem bolados do crochet, cuja variedade na combinação de cores tende ao infinito... e leva a gente junto.











sábado, 17 de maio de 2014

Fios finos e leves

Tecer os quadradinhos em lã fina tem sido muito agradável. Duas horas se vão como se fossem minutos e eu reluto em sair do quintal quando ouço o sino da igreja.

É um grande e antigo companheiro este sino da igreja. Houve um tempo, há anos, que ele tocava às 9h, 12h, 15h e 18 hs; eu adorava ouvi-lo e pautava a minha rotina pelo toque dele. Hoje não, toca somente ao meio-dia e às ave-marias mas continuo gostando, muito! Quando ele soa o meio-dia, para mim significa parar o crochet, fotografar e pensar no almoço... bem chata essa parte da rotina... é como o virar abóbora de Cinderela.



O tecer dos quadradinhos com fios mais finos está me inclinando para a escolha destes fios para minha constante x. Ainda não escolhi qual deles será e examinar os catálogos de fios na net tem sido uma diversão maravilhosa!


Ontem vi a imagem do sapatinho de cristal do próximo filme de Cinderela. Lindíssimo... o enfeite em cima é uma borboletinha que, voando, pousa nele. Muito lindo! O tema da próxima manta está escolhido e tenho procurado fios finos e leves para tecê-la, azuis, mesclas de azul... levinhos, bem vaporosos... fios finos, agulha grossa, ponto suave... este não poderá ser em quadradinhos porque as emendas acabarão criando um peso extra e desnecessário nele... terá que ser uma peça só, tecida de uma vez....

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Voltando às origens


Na busca da constante x dos meus crochets resolvi investigar que tipo de fio compõe o meu estoque.
Um estoque fala muito sobre o seu dono e sempre existe nele componentes tão antigos que já nem se sabe mais quando ou porque chegaram até ali mas que sempre são reveladores caso sejam analisados com atenção.

O fundão do meu estoque consta de fios bem finos, do tipo bom para tecer meias ou roupinhas de bebê. Não perdi tempo me questionando sobre quando ou porque os comprei mas vi que foram muito usados, todos eles são sobras de novelos e tem cores muito variadas.

Nunca fui adepta de tecer roupas e muito menos meias... mas manuseando esses fios fininhos percebi como são macios e me lembrei que se forem tecidos com agulhas grossas darão trabalhos bem leves. Este pode ter sido um motivo para que eu os tenha comprado já que sempre busquei a leveza nos trabalhos de crochet.

Resolvi então fazer algumas experiências  e como estou disposta a encontrar uma constante, retornei aos quadradinhos multicoloridos que sempre foram a base dos meus trabalhos.


Fiquei um bom tempo tecendo os quadradinhos e avaliando se serão os fios fininhos um dos componentes da minha constante x...
O início foi caótico mas como os trabalhos com eles são mais demorados, fui serenando e me organizando, me sentindo recompensada por produzir quadradinhos tão macios e leves ...
Percebi que trabalhar com eles promove uma certa delicadeza no lidar, como se eu estivesse bordando e depois de algumas horas envolvida nisto me vi muito calma e silenciosa, silenciosamente em paz.












quarta-feira, 14 de maio de 2014

Nas bordas do bruce 01

Estou tecendo as bordas do bruce 01 com um fio mais fino para não criar babados nas laterais, principalmente porque os ângulos que os hexágonos formam induzem a bordas embabadadas e eu não gosto de bordas embabadadas.
Havia no estoque um novelo de 100gr do Fio Pingouin Sedificada, 70% acrílico, 30% lã com 167m num tom verde azeitona que combinou muito bem com o bruce. Eu contornei cada hexágono e os emendei com o fio Cisne Oveja que é mais grosso que o Sedificada mas se continuasse com ele acabaria criando a famigerada borda embabadada. Então troquei e a troca foi positiva, está ficando com muito boa cara.


Iza estava comigo no quintal quando terminei de tecer pela manhã e fui bater as fotos. Na sombra da primavera e ao lado da mescla verde/azul e ocre do bruce, Iza ficou bem camuflada. Minha linda gatinha, apreciadora de vasos de plantas e de quintais, que gosta de lugares quietos e reservados como ela mesma...

terça-feira, 13 de maio de 2014

Os fios e a constante x

A manta Malévola vai crescendo. Esta vai ficar grande já que nem cheguei na metade ainda. É incrível como cada tipo de fio dá sempre resultados inesperados, por mais que eu faça cálculos sobre metragem dos novelos e grossura do fio. Este em uso aqui, por ex, é o Cisne Cetim, 70% acrílico, 30% lã, o novelo tem 100grs e 170m. Um fio muito bonito, macio e com um leve brilho. A agulha é 5,5mm.

Olhando agora para ela penso que poderia tê-la feito um pouco mais larga mas esta conclusão só poderá ser útil quando eu fizer outra manta igual a esta. Os tamanhos dos tecidos feitos com  o mesmo fio mudam de acordo com o ponto escolhido e com a agulha usada. Cálculo não é o meu forte e eu sempre erro nas avaliações feitas ao adquirir os fios. Quando erro para mais, tudo bem, ficam novelos para o estoque mas quando erro para menos as coisas se complicam.

Talvez eu devesse usar sempre o mesmo fio para que ele funcionasse como uma constante x mas gosto tanto de conhecer novos fios que, se este for o x, o trabalho perderá muito do atrativo para mim. Eu poderia ter meu x no ponto usado... e aí tecer se tornaria algo monótono e eu adoro aprender e praticar novos pontos! É comum eu ter 3 a 4 trabalhos em andamento, todos diferentes nos fios, nas cores e nos pontos. Decididamente esta maneira de ser me distancia da constante x de maneira incontestável. Como encontrar uma base de apoio funcionando deste jeito quase caótico?

Sigo o trabalho de uma crocheteira no facebook que tece patchworks em crochet. É um trabalho lindíssimo! Ela se chama Heather e seu blog, The Patchwork Heart:  https://www.facebook.com/thepatchworkheartuk?fref=ts
Hoje estive reparando que ela sempre usa o mesmo fio e a variedade do trabalho fica por conta das cores escolhidas e do ponto usado.

Penso que é um bom exemplo a ser seguido e eu deveria desenvolver na minha tecelagem uma constante x, uma base sólida em algum lugar, uma bússola para me guiar na aquisição dos fios e até um estoque de sobras de novelos mais regular. Um estoque mostra bem a personalidade de quem o alimenta e o meu é de uma variedade que muitas vezes torna difícil juntar este fio com aquele para compôr algo homogêneo. Temo que ele também seja algo caótico...

Vou pensar seriamente em achar uma constante x para meu trabalho.



segunda-feira, 12 de maio de 2014

Ponto número 7

Este não tem nome oficial porque o aprendi através da minha velha revista japonesa. Nela ele é apenas o número 7, sem nenhum outro nome, então acho que vou chamá-lo assim mesmo, número 7 até porque deste modo ficará muito fácil encontrar seu esquema no futuro. Costumo esquecer como se faz os pontos então preciso manter registros deles ou saber onde os aprendi para voltar lá e aprender de novo.

Tenho muuuuitas revistas, compradas ao longo de 34 anos  e carregadas para lá e para cá porque me mudei de casa e de cidade, ao todo 8 vezes. Na primeira mudança levei pouquíssima coisa e apenas minha revista japonesa de gráficos de crochet, tricot e crochet tunisiano mas fui comprando outras em cada lugar que morava e a cada nova mudança aumentava a sacola de revistas. Hoje eu tenho muitas e pretendo me desfazer de boa parte delas, principalmente aquelas que tratam de muitos tipos variados de artesanato porque agora me atenho ao crochet e colagem.

Tenho uma outra revista, esta do início dos anos 80, caindo aos pedaços, porque a convivência entre um bebê e uma revista é sempre muito motivadora para o bebê e desastrosa para a revista mas eu gosto tanto dela que reluto muito em abandoná-la. Ela tem receitas escritas, que nem são as minhas preferidas porque tenho dificuldade em seguir receitas escritas, prefiro muito mais os gráficos que mostram os pontos e onde colocar a agulha, mas esta revista de que falo é muito significativa, ela me inspirava, eu achava tudo lindo nela ... me fez companhia num sem número de tardes, me tornando cheia de ânimo e vontade de tecer coisas com aquele clima que eu sentia nas fotos. Hoje, encontro algo muito próximo daquele clima quando pego meus novelos, agulha e vou para o sol no quintal com os gatos.

Tudo isso eu recordei quando decidi tirar o final de semana para aprender um ponto novo. Gostei muito dele e já consigo tecê-lo sem erros e sem olhar o gráfico, então resolvi fazer com ele um novo cachecol para mim já que anda um friozinho bem chato por aqui. Quero um cachecol curto, que eu possa manter as pontas dentro do casaco; detesto estar fazendo os serviços da casa e as pontas do cachecol entrando em tudo,,,


sexta-feira, 9 de maio de 2014

Bruce 01: um chale

Contornei todos os hexágonos e os emendei em fileiras; depois, costurei as fileiras cuidadosamente para não cometer erros. Eu as estendia sobre a cama e prestava muita atenção nos lados a serem costurados; como já estavam unidas em fileiras, a chance de erros diminuiu muito.







Aqui estão as fileiras unidas, prontas para receber as bordas.
O trabalho saiu perfeito, apesar de estar fotografado de lado: a parte superior é a que se vê no lado direito.

Estou muito satisfeita com o resultado e creio que depois das bordas tecidas terei um belo chale triangular, meu bruce 01, um chale!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Uma manta para Dri

A media manta Da Fazenda Caixa Dágua está tecida. Sobrou um nadinha de lã e precisarei comprar mais uma meada para tecer as bordas.

É um presente de casamento. O trabalho ficou bonito, com ar distinto, em cinza na tonalidade 106 de Pau Campeche, cor escolhida pela própria noiva no site da Fazenda Caixa Dágua. A lã é Merino, pura e tingida com o corante natural obtido da casca da árvore Pau Campeche, natural do sul do Brasil.

Uma manta digna, distinta, uma dama entre as mantas... então vou comprar mais do mesmo fio para fazer suas bordas sem misturar com nenhum outro, para manter a pureza de sua estirpe. É o trabalho mais distinto que já teci.

Uma manta de casamento exige uma disposição especial de quem a tece. Em vários dias eu não pude trabalhar nela porque não estava tranquila na medida certa... escolhi entremear nela sentimentos leves, alegres porém calmos, serenos e satisfeitos... achei que estes sentimentos seriam os mais adequados para o meu presente. Assim, nela vai alegria e tranquilidade, uma serenidade carinhosa e sorridente, um abraço e votos de boa sorte. Assim estou tecendo meu presente para a Dri.




quarta-feira, 7 de maio de 2014

A última meada



Transformei a última meada da lã da Fazenda Caixa DÁgua em bola com absoluto e total sucesso! Nada como a experiência! É a terceira vez que opero esta transformação e agora tudo corre às mil maravilhas. Não sei como me atrapalhei tanto na primeira que fiz quando muito fio se emaranhou me fazendo passar horas desemaranhando tudo. 
Agora consigo fazer lindas bolas, redondinhas sem emaranhar nada de fio. Um sucesso absoluto!


Imediatamente me pus a tecer o restante da media manta  Caixa Dágua e estou bem temerosa que o fio não dê para terminar de fechar o quadrado. Para fazer as bordas não vai dar mesmo... terei que comprar mais uma meada mas tenho esperança de que pelo menos dê para terminar o corpo da manta com o mesmo fio, para evitar que mude a tonalidade novamente.

Ela está ficando bem bonita!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Malévola e os lírios

Meu quintal tem vários cantinhos especiais que foram se criando espontaneamente ao sabor do tempo. Mesmo em vasos, a Natureza domina sempre que não há muita interferência em seus processos e eu, que gosto de plantas mas não tenho nada de jardineira, propicio que as plantas do quintal se virem e se expandam como quiserem. Mas eu molho todas elas, "as meninas" sempre, praticamente dia sim, dia não agora que as chuvas escasseiam por aqui.

Tive a idéia de fotografar meus tecidos junto às plantas também e agora dei de carregá-los para cantos diversos do quintal quando termino meu trabalho matinal. Na foto acima pode se ver Malévola, em sua fase roxa ao lado da segunda florada de meu antigo companheiro lírio.

Achei que as flores brancas e pendentes dele combinaram muito com a beleza mais contundente de Malévola.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

BigAlice curtindo meu quintal



Ontem terminei de tecer a 4ª cor da BigAlice, um tom róseo-acinzentado que me agradou bastante. A cada mês acrescento um novelo a esta manta gigante e assim farei até dezembro. O fio Círculo Alice é muito macio e molinho e BigAlice está se tornando muito agradável de usar.

Batia um sol esplendoroso ontem de manhã no quintal e eu estava lá e lá fiquei o máximo de tempo que pude. O sino da igreja bateu ao meio-dia e eu ainda fiquei mais um pouco, relutando muito para entrar e pensar em almoços... então resolvi bater umas fotos diferentes com a BigAlice.


Primeiro a estendi na cadeira, depois, resolvi pendurá-la no ficus mas ficou tudo meio embolado e temendo puxar fios do tecido a tirei de lá.
Então a estendi no cimentado do quintal, ao lado de umas suculentas muito saudáveis que se esparramam pelo cimentado dando um aspecto de jardins suspensos ao meu quintal.

Gosto muito desse aspecto de jardim que essas plantas rasteiras dão ao meu quintal. Dessa suculenta específica eu catei uma mudinha pelas ruas porque achei bonita e ela se deu bem no árido cimentado do quintal e vem se esparramando por lá.
Foi ao lado dela que estendi a BigAlice e achei tão bonito...

P

sábado, 3 de maio de 2014

Tecendo Malévola e relembrando os contos de fadas

Este é um ponto muito bom para tecer cores escuras, sempre mais difíceis de trabalhar. Depois da primeira carreira, na qual se montam os picos e vales, é só seguir em frente trabalhando sempre nos espaços... facílimo!
O ponto se chama "granny ripple" e seu tutorial pode ser encontrado aqui: http://thelazyhobbyhopper.blogspot.com.br/2011/08/how-to-crochet-granny-ripple.html?spref=fb

Estive lendo sobre Malévola, buscando o conto de fadas original, que é muito antigo. A versão que mais gosto é de Charles Perrault, de 1697, publicada no livro Contos da Mamãe Gansa. Aliás, Mamãe Gansa também se reveste de muito encantamento para mim porque tive um livro de contos em criança cuja capa mostrava uma bota enorme, que era onde morava Mamãe Gansa e sua montanha de filhos.
A figura mostra uma bota com janelinhas, portinha, jardinzinho, vasos de flores e um monte de crianças brincando nela, um encantamento total: eu ficava um tempão analisando todos os lances que estavam desenhados ali e adorava. Assim, Perrault se tornou meu contador de histórias preferido.

Na história da Bela Adormecida o ponto alto para mim está logo no começo, quando a princesa espeta o dedo no fuso e cai adormecida, levando todos os que estavam no palácio a dormir também. Então, um espinheiro começa a crescer ao redor do palácio, terminando por envolvê-lo totalmente.

Esse clímax é antecedido por um momento forte de tensão e apreensão quando a princesinha é visitada pelas fadas e surge uma, a única que não foi convidada, magoada e enfurecida por ter sido preterida. Sempre pude compreendê-la. O babaca do rei mesmo tendo 13 fadas no reino, optou por não convidar uma delas só para poder usar seus 12 pratos de ouro... lamentável atitude! Deixou de fora a mais velha e que era fiandeira (aliás Mamãe Gansa também era fiandeira) e as consequências disso todos conhecem.

Tecer a manta Malévola está me levando a recordar todos esses detalhes do passado, a reler sobre os contos de fadas e suas interpretações psicológicas, sempre tremendamente interessantes e também a ver os filmes lindos que a Disney faz para as princesas. Nisto tenho sido assessorada por 3 fadinhas modernas, Pamela, Tamara e Amanda.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Recomeçando bruce 01

De volta ao bruce 01.
Fiquei intimidada pela dificuldade em emendar a sequência de hexágonos de cores tão diversas então resolvi facilitar as coisas, dei um passo atrás e mantive apenas a novidade de emendar hexágonos.

É muito diferente emendar quadrados e hexágonos. Nos quadrados fica muito evidente onde fazer as emendas, mesmo com o trabalho no colo; hexágonos não, são mais exigentes, apresentam mais lados e qualquer posicionamento errado transforma um simples caminho numa encruzilhada.

Desmanchar trabalhos é desgastante. Assim, resolvi me poupar novos desmanches e retomei algo mais conhecido, com poucos hexágonos por vez, unindo uma fileira de 5 hexágonos, outra de 4, depois uma de 3, 2 e finalizarei com apenas 1 hexágono. Um simples e reconfortante xale triangular. E em apenas duas mesclas de cores. Já me basta aprender e praticar a emenda de hexágonos intimidantes.
Grande Bruce Seeds que emenda aquele mar de pequenos hexágonos de tecido e monta quilts maravilhosos... mágico Bruce Seeds!

                                         Na foto, Iza me ajudando a não me perder nas emendas.